Estou
em busca do amor
De
um que ainda não conheço
Mas
pressinto
No
vazio, silêncio do meu sentir
Costumo
escutá-lo
Ouso ouvir sua voz
Tantas
vezes me assustou
Neguei-o
Neguei-me
Abortei
todas as suas sementes
Esperança
de que não brotasse
Sequer vingasse
Mas
eis que ele surge
Majestoso
Impõe-se
sobre minhas reservas e fraturas
Nada
o detém
É
água!
Fogo!
Vento!
É força que rege e modela o meu querer
Imperioso,
ele diz:
Não
lhe cabe mais fugir!
Eis-me
aqui!
Viva-me
a mim!