sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ser-se

É bom, muito bom ser-se o que se é. Assumir-se como tal, sem medo de ser feliz.
Sou agora o resultado de ontem, o amanhã não me cabe antecipar, mas conduzir-me de modo a fazê-lo, vê-lo, vivê-lo de modo melhor.
O que me impulsiona é a intensidade.
Quero viver todos os meus dias. Intensamente!
In-ten-sa-men-te!
Apenas sendo-se o que já se foi e vivendo-se o que hoje se é, é possível entender esse desejo enorme de revolucionar!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pode ser

Pode ser que eu nem grite

Pode ser que eu não diga nada

Pode ser que eu me esconda

Finja

Desminta

Desvirtue

Seja lá o que for

Seja como for

Impossível ocultar o visível

O íntimoEssa face de mim

Que se enxerga em você

Impossível desdizer

Te amo com um amor

enorme!

(to P.A)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quem eu sou

Minhas perguntas
Respostas...
Inscrevo-me
Escrevo
E me reescrevo o tempo todo
É como vou construindo um sentido para o existir...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Universodiverso














Você me fortalece
Alarga meus espaços
Amplia meus horizontes
Torna-me capaz

Rasga e ultrapassa-me as entranhas
Corta meus laços
Vermelhos, pretos, pardos e brancos
Diz que posso dizer
Invade espaços opacos
Foscos, sombrios
Espaços sem voz
Desencadeia o poder do olhar
E este transgride
(Transgressor)
Porque pode fazê-lo

Potencializa o querer fazer
O perguntar

Atravessa-me
Bagunça meu quarto
Canto tão bonitinho
Dantes tão arrumadinho

Que é que faz?
Traz a diferença
Instaura força e poder
Tornando-me forte

Perguntas
Quem responde?
Quem respondeu?
O que responderá?

Busca incessante do saber
Construção que se esvai
Tenho que agarra-la
Deter
Segurar
Movimento revoltoso
(vultuoso)
Nesse entrecruzar

Ir
Agir
Prosseguir
Pensar, que era um inferno,
Agora eu quero é pensar
Minha força está aí
(16/04/09)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mudar

Mudar












Hoje eu sei que vou mudar de novo
Tive a coragem de querer
De admitir isso pra mim
Quero mudar
Quero morar
Quero viver
E trabalhar
Eu quero ir
Eu quero ir

Sei que sentirei
Eu sentirei
Eu sentirei
Mas eu tenho que ir

Irei

Há o receio
O medo
A solidão
Mas nada me apavora
Eu sei que vou
Porque eu vou
E vou mudar
Haaa

(15/02/09)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mudança

Por que será que há tanta resistência à mudança? Por que precisamos ser iguais? Onde se origina a necessidade de moldar os que nos cercam à nossa própria maneira? Nosso modo será sempre o mais preciso, legítimo, coerente, correto e digno de ser reproduzido, perpetuado? Sinceramente, é difícil entender o que torna as pessoas tão famintas por impor suas prerrogativas. É difícil conceber normalidade no que é, naturalmente, anormal. Conceito de certo e errado varia. Os ditames da religião variam de segmento para segmento. Os das sociedades também. Aquilo que se concebe em determinada comunidade e/ou época como correto, aceitável, louvável pode ser drasticamente recusado em outra.Como seres humanos, somos a representação, talvez a mais perfeita, da diversidade.Por que querem nos tornar iguais? Nem os univitelinos o são. Como viver o hoje com os valores de ontem? Estes podem nos servir como legados, tradições, referências; não necessariamente como modelos a serem perpetuados. Não que tais valores devam ser negados. Contudo, é importante repensá-los, ressignificá-los sempre que possível e necessário. Impô-los apenas é arbitrariedade. É importante conhecer a origem das nossas crenças, no entanto elas não são válidas para todos. As pessoas não são obrigadas a acreditar da mesma forma, a ver a vida sob o mesmo prisma e perspectiva.

quinta-feira, 26 de março de 2009




Cadê você que não chega?
E por que não chega?
Fico olhando da minha janela
Por entre a grade
(distância que nos separa)
Meu olhar é triste
Ou seria esperançoso
Não sei discernir
Só sei que te espero
E queria não te esperar
Não sentir que sinto sua falta
Ser indiferente
Sim
Queria a indiferença
A mornidão do olhar e do coração
Não
Não queria meu coração seco
Talvez esperar aponte para uma esperança
Que não pode morrer
Quem sabe você nem chegue
Ou chegue
Eu não sei
Mas vivo o presente
Pensando que o passado já foi pior
E não sei se os dias futuros serão melhores
Se serão os lindos dias da mais doce alegria
De que fala o poeta
Não sei se rirei
Se chorarei
Se lamentarei, como hoje,
As oportunidades perdidas
Amor não vivido
Sequer iniciado
A frouxidão
O medo de arriscar
De, ao menos, tentar ser feliz
Tentativas de felicidade
Efêmera
Bem verdade e muitas vezes
Mas tentativa...
Esperança...
E ela tem de existir
Para não se ter apenas um vácuo
Uma maior expressão da falta de sentido do existir
Perdidos na areia
Na areia do deserto
Da solidão
Dos apuros
Da vida
Do suborno

Imposição

Faca de dois gumes

Se eu acredito na liberdade humana?
Diria que não...
Deve ser uma farsa
Uma faca de dois gumes
Corta-se de um jeito
Do outro também
Não há saída
Porque não se pode escolher
Pode
Mas não é sempre que se consegue
E essa mesma faca vai rasgar
Até que sangre a alma
Até as últimas forças
Onde houver resquícios
Vestígios de vontade
Ali estará a lhe Sugar
Minar
Matar

Saída
Correm os olhos aos lados
Em total desespero
Procura
Saída?
Sim
Saída

Um dia acaba essa procura
A busca incessante de um verme

Barro
Cinza
A busca íngreme
Angustiante
Finda-a
Finda-te
Põe termo a tanta agonia
Por que não?

No final será o que não sei
Sangrando-lhe o peito
Segue
Chorando o que não mais pode chorar
As lágrimas da culpa
Repulsa
Desculpa
Até quando?
E o peito dispara
Aperta
Desperta
Desespera

Nada mais a dizer
O limite entre a sanidade e a loucura
A morte e a vida
O céu e o inferno
O doce e o azedo
Fel
Frio e quente
Nada mais a fazer
Esperar?
O quê?
Não mais
A dor a estrangular o peito
Rasga a voz
E consegue tapar o grito
Calou
E a falta do que foi
E já não é

Ana Santana

Sim e Não

O que representa hoje o sim?
O que fazer do não?
É fácil não
É tomar nas mãos as rédeas da própria vida
É ser responsável por si mesmo
É não delegar aos outros uma função que é só sua
É arcar com as consequências dos próprios atos
É correr o risco
Só, só e só
Não há mais a quem apelar
Se não à consciência
É fazer por si

Noturna

Passeio pela noite, porque ela se parece comigo
Sinto seu convite
Sinto-a bela, negra, imperiosa
Misteriosa
Aceito caminhar
Sem rumo
Não sei para onde vou
Aceito sua companhia

Caminhar não é suficiente
Então, damo-nos as mãos
E vamos
Lentamente
Não é preciso ter pressa
Lado a lado
Frente a frente
Sinto seu abraço
Aceito
(noite, como te quero!)

Então me entrego
Louca paixão
Revolvemo-nos na areia
Deixamos as ondas se erguerem
Revoltosas
Sobre nós

É preciso ter coragem pra ir
(E) o medo de se perder
Suas mãos são fortes
Seus (a)braços, protetores
Acolhem este insigne ser
Fazem-no também forte
Seguro
Seu
Porque a escuridão
Esta que assusta
É também a mesma que encanta
Fascina

Mãos dadas
Dedos entrelaçados
O susto
O dia bate à porta
Quer entrar
Anuncia o outro
Também novo
É preciso ter coragem pra ir
É hora de ir
O amargor da despedida
Momentos eternizados
Se fragmentarão?
Se romperão?
É preciso ter coragem pra ir
Porque o novo
Ele sempre vem

Eia!
Desvencilhemo-nos
Desentrelacemos os dedos
É hora
Triste hora
Ainda quero este abraço
Fica comigo ainda
Ainda um pouco mais
O dia não quer
O dia não perdoa
Quer chegar

Ela precisa ir
Então, deixa
Deixa que eu também vá
É preciso ter coragem pra ir

Subversão

Subversiva sim
E sempre
Com o passar do tempo
Mais e ainda mais
À medida que as barreiras erguidas ruíam
Iam ou vinham ao chão
Maior a apropriação do ser
Do poder
Dizer
Fazer
A consciência dantes cerceada
Ei-la aqui
Surge perene
Ressurge
Onde os limites
Onde o não

Nunca mais seria a mesma