Se eu acredito na liberdade humana?
Diria que não...
Deve ser uma farsa
Uma faca de dois gumes
Corta-se de um jeito
Do outro também
Não há saída
Porque não se pode escolher
Pode
Mas não é sempre que se consegue
E essa mesma faca vai rasgar
Até que sangre a alma
Até as últimas forças
Onde houver resquícios
Vestígios de vontade
Ali estará a lhe Sugar
Minar
Matar
Saída
Correm os olhos aos lados
Em total desespero
Procura
Saída?
Sim
Saída
Um dia acaba essa procura
A busca incessante de um verme
Pó
Barro
Cinza
A busca íngreme
Angustiante
Finda-a
Finda-te
Põe termo a tanta agonia
Por que não?
No final será o que não sei
Sangrando-lhe o peito
Segue
Chorando o que não mais pode chorar
As lágrimas da culpa
Repulsa
Desculpa
Até quando?
E o peito dispara
Aperta
Desperta
Desespera
Nada mais a dizer
O limite entre a sanidade e a loucura
A morte e a vida
O céu e o inferno
O doce e o azedo
Fel
Frio e quente
Nada mais a fazer
Esperar?
O quê?
Não mais
A dor a estrangular o peito
Rasga a voz
E consegue tapar o grito
Calou
E a falta do que foi
E já não é
Ana Santana
A vida por si só já é uma faca de dois gumes.
ResponderExcluirBjs..
"Segue chorando o que nãos mais pode chorar.
ResponderExcluirAs lágrimas da culpa
Repulsa
Desculpa
Até qdo?
E o peito dispara
Aperta
Desperta
Desespera"
Ao ler essa sua estrofe eu me vi! É como se vc estivesse me vendo, como estou agora, qdo vc a escreveu.
Continue escrevendo!