terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Errática

Não me diga o que é certo ou errado
Sou errante
Vacilante
Passeio por motivos, vias e viéses
Roteiros deslizantes

Meu pensamento é arquipélago
Sou fluxo e consciência
Minha reflexão é um todo fragmentado

A impulsividade, que tanto assusta,
É-me possível nesse sistema caótico e errático
Porque sou mantida pela contraditoriedade do ser
O vapor poético me impulsiona
E sinto-me, assim, contraditoriamente
Mínima e máxima
Complexa e simples
Sempre plural e ambígua
Sensível e arrogante
Tolerante e intransigente

É sempre possível
Quiçá necessário
Transgredir
Fugir ao cativeiro da opressão
Deixar-se arrastar pelo apelo da libertação
Naturalmente,
Não sem passar pela contramão
A contracorrente dominante
Arrogante, pretensiosa

Enfrentar esses sistemas pressupõe luta
Esforço pela restituição
No propulsar do sonho
Luta-se contra toda sorte de dominação

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